terça-feira, 8 de abril de 2014

Dubrovnik, a pérola do mar Adriático




A charmosa Croácia tornou-se um destino cobiçado pelos viajantes. Ao sul do País encontra-se a descolada Dubrovnik. Esta cidade praiana reúne, num só cenário, as muralhas medievais, a transparência do mar verde esmeralda e as montanhas que deslizam até submergirem no oceano. É de tirar o fôlego. Suas ruelas estreitas e labirínticas lembram Veneza. Explica-se tal semelhança pelo fato de Dubrovnik ter pertencido àquela urbe italiana, nos séculos XIII e XIV.

Como estava hospedada no gracioso balneário de Cavtat, a 30 minutos de Dubrovnik, me desloquei de barco, desfrutando o gostinho de navegar pelo Adriático. São diversas empresas nesta rota e as saídas têm frequência a cada 15 minutos. O ticket custa uns 18 reais. Retornei de ônibus pelos penhascos para apreciar outro ângulo.

Num só dia dá para percorrer toda a parte antiga do povoado com sua arquitetura medieval, renascentista e barroca. A porta de entrada conduz à rua principal, que atravessa a cidade de um lado para outro. Os monumentos históricos concentram-se nesta região. Lá estão a grande fonte, a igreja, a torre do relógio, o monastério dominicano, o Palácio Sponza, análogo ao Palácio Ducale, da Praça São Marcos, em Veneza. E uma variedade de bares, lojas, cafés. Claro que a população expandiu-se para além das muralhas. A parte nova, porém, não tem grandes atrativos.

A água fria do Adriático e a ausência de areia não inibem o mergulho de jovens, de crianças, de idosos e de adultos. Eles circulam com trajes de banho por todos os lados e Dubrovnik transpira despojamento.

Contemplar o lugarejo do alto da montanha é imperdível. E ascender pelo cable car é delicioso. Lá de cima vislumbra-se o mar, a cidade velha, a cadeia montanhosa, as ilhas e os recortes geográficos, que parecem ter sido caprichosamente desenhados à mão. No cume há um restaurante, uma loja de souvenir e um museu de guerra. O local foi reaberto em 2010, após ser campo de batalha contra sérvios e montenegrinos, em 1991. Também foi um ponto estratégico na defesa das invasões de turcos e de venezianos. Um passado bélico que parece ter ficado para trás.

Hoje, o bom mesmo é deixar os passos tomarem seu próprio rumo numa das rotas mais concorridas da Croácia. Não há regras e as horas correm num outro ritmo. A ocasião é perfeita para deleitar-se com as nuances do pôr de sol, degustando um tinto da Dalmácia, que já ganha visibilidade no cenário internacional do vinho. Assim é Dubrovnik, também conhecida como a Atenas Eslava. Um pedacinho do paraíso na terra.

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