quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Viva o México



Tulum é muito procurada por italianos


A praia de Tulum, próxima a Cancún, é muito procurada por italianos. À beira-mar tem um sítio arqueológico, mas não tão bem conservado quanto o de Palenque. No mais é uma praia de mar bonito. Quando estivemos lá ventava muito.

Cancúm é um praia totalmente artificial e com arquitetura de gosto duvidável. O bom mesmo é Isla Mujeres. De Cancún se pega um barco e em meia hora a gente desembarca em Isla Mujeres, que é tudo de bom. Mar do caribe, natureza, bares e cafés interessantes e agradáveis de curtir.

E a ilha de Cozumel é própria para mergulho e flutuação. Como tem muitas pedras e não tem areia, o banho de mar fica prejudicado. Nós alugamos um carro e circulamos toda a ilha. Foi bem interessante.

Viva o México






Palenque – a alma do mundo maia


Uma das zonas arqueológicas mais bem preservadas do México é Palenque. Contratamos um guia que fez uma síntese da história e nos conduziu pelos templos. É um dos locais mais importantes de Chiapas e ideal para apreciar preciosidades arqueológicas da cultura maia. É de fácil acesso. Depois da visita ao sítio arqueológico, a próxima parada é o museu que guarda relíquias imperdíveis.

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Canyon El Sumidero – crocodilos e um paredão de um quilômetro de altura


Um passeio de tirar o fôlego. Navega-se pelo canyon duas horas. Os paredões chegam a um quilômetro de altura e os crocodilos habitam no rio Grijalva. Contam que os chiapanecas preferiam aventurar-se de cabeça no canyon a serem colonizados pelos espanhóis.

São diversos barcos que partem a todo o momento. Tudo muito organizado e seguro. Colete salva-vidas, todos sentados e seguindo a orientação do guia. Avistam-se cascatas, a vegetação, grutas, crocodilos e é claro, a imagem da virgem de Guadalupe.

Viva o México







Chiapa de Corso

Contaram-me que, para evangelizar os índios, os padres “colonizadores” asseguraram para os indígenas que os santos católicos eram ainda mais protetores e “permitiram” vestir os santos com roupas coloridas. Vimos muitos santos vestidos em diversos tons de alegria.

Chiapa de Corso está a 37 quilômetros de San Cristóbal de las Casas e foi a primeira capital do estado. A rodovia é ótima. Tem museu, igrejas e festa na praça do coreto. Fica à beira do rio Grijalva e foi fundada no século XVI. O dia estava ensolarado e o passeio foi uma delícia.

Viva o México






Zinacantán – colorido têxtil e agricultura familiar


Assistimos ao vivo as tecelãs de Zinacantán elaborando seu trabalho. Visitamos uma casa típica, e onde nos serviram um café e uns bolinhos preparados num fogo de chão batido. As roupas são bem coloridas. Claro, faz parte da cultura mexicana. A localidade dista 11 quilômetros de San Cristóbal de las Casas.

A fonte de renda advém da agricultura familiar e da arte têxtil. Eles planam rabanetes, flores. Conversava com uma indígena bem jovem que nos serviu o café e indaguei se estudava. A resposta veio do guia – não é obrigatório. Senti que deveria ter permanecido calada. Para remendar, elogiei o alimento e disse que ela seria uma ótima dona de casa. Perguntei, então, com que idade elas costumam casar. O retorno foi um silêncio sepulcral. Deveria ter ficado bem quietinha.

Na foto, minha colega de viagem veste um traje de noiva. O rapaz e a senhora foram nossos companheiros naquele passeio. Eu estou usando roupa de madrinha de casamento. Quando elas contraem matrimônio, embaixo do vestido de noiva, vestem a roupa do diário e a roupa de festa. É tudo que levam para o casamento e tornam a lua de mel mais emocionante. O noivo tem muitas peças para despir sua noiva. Aquele “poblito” conserva suas origens, sua cultura, sua história. Viajar é isso, conhecer outros modos de vida e é reconfortante.

Viva o México





Chamula – ritual maia dos indígenas


A 10 quilômetros de San Cristóbal de las Casas está Chamula. Um lugarejo encantador. Tudo gira em torno da agricultura, dos pequenos agricultores indígenas e do artesanato. Tivemos a felicidade de assistir a um ritual maia.

Os indígenas da localidade estavam em festa há nove dias. Eles cantam e rezam na igreja, espalhando incensos. Cada família faz o seu ritual. Na frente segue os homens e por último as mulheres e crianças. Eles entram correndo na igreja, fazem suas orações, acendem velas e saem purificados. Na praça, em frente ao templo, ficam as barraquinhas de comida e artesanato. Mas há regras para visitar. As fotos têm de ser discretas. Não dá para fotografar diretamente. E, obviamente é preciso respeitá-los.

Todos se vestem iguais. Usam roupas de ovelha confeccionadas por eles mesmos. As mulheres se adornam com uma saia preta enrolada na cintura e amarrada com uma faixa. Os homens com casacos brancos ou pretos. Tudo de ovelha. Eles não comem o animal, que lhes é sagrado. Naquela localidade vivem somente os chamulas, conservando sua cultura, seus hábitos, sua história. Foi emocionante visita-los.

Viva o México







San Cristóbal de las Casas
A cidade do levante Zapatista esbanja arte, natureza e cultura



San Cristóbal de las Casas é um encanto de cidade. Se fosse perto de Porto Alegre, passaria os finais de semana lá. Uma cidade pequena, limpa, rodeada de montanhas e com arquitetura impecável. Lá iniciou o levante Zapatista sob o comando do comandante Marcos. Ficamos hospedadas no Hotel Santa Clara, no Zócalo, ou seja, na praça principal. Como nas demais cidades mexicanas, têm muitas igrejas por lá e as ruas são enfeitadas com bandeirinhas coloridas, não deixando dúvida de que se está no México.

Durante nossa visita acontecia um festival do cinema francês com entrada gratuita. Numa das noites nós curtimos o Bar La Revolución, com música ao vivo e, na outra, o Bar do próprio hotel onde estávamos que também oferece música ao vivo.

O mercado municipal é sempre um dos meus locais favoritos. Muito artesanato e a cultura pulsando e se desvendando para os visitantes. Também aproveitamos o tranvia para dar uma circulada pela cidade. Mas, o melhor mesmo é percorrer as ruas a pé, entrando e saindo dos lugares, bisbilhotando tudo. Os cafés e restaurantes são de primeira. Comida no capricho. Muitos chefes de cozinha fizeram curso fora do país e oferecem o que há de melhor para os turistas.

Visitamos os arredores de San Cristóbal. Fomos a Chamula e Zinacantán de carro com um casal do norte do México que também visita a cidade. Estivemos também no majestoso Cáñon del Sumidero, onde navegamos por duas horas e encerramos o passeio daquele dia em Chiapas de Corso.

Guardo as melhores lembranças de San Cristóbal de las Casas. Um lugar maravilhoso e de povo amável.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Viva o México






Oaxaca – cidade universitária e muito acolhedora


Oaxaca é um daqueles lugares que dá vontade de voltar sempre. Enquanto os termômetros em Puerto Escondido estavam convidativos para o banho de mar, Oaxaca pedia casaco e manta para proteger o pescoço, especialmente à noite e de manhã cedo. Como circulamos por muitas regiões no México, pegamos sol de rachar em alguns lugares e um frio bem geladinho em outros.

No período em que estivemos em Oaxaca estava acontecendo um espetáculo chamado “Noche de Luces”, com muitos atrativos culturais. Lá, como na maioria das cidades que visitamos, tem uma condução – tranvia – que faz todo o circuito turístico. A 10 quilômetros da cidade, encontra-se o Monte Albán, um sítio arqueológico reconhecido como patrimônio da humanidade. Infelizmente, não tivemos tempo para conhecê-lo.

Bem no centro da cidade, próximo ao Zócalo, assistimos uma assembléia de professores e vimos manifestantes em greve de fome na frente da prefeitura. Em outro momento e no mesmo lugar, apreciamos a orquestra de Câmara tocando em plena rua, e mexicanos dançando. Aliás, eles dançam bastante em praça pública. Costume que também vi na Praça de Catalunha, em Barcelona. Muito divertido e gostoso de ver e ouvir.

Em Oaxaca tem muitas igrejas e a arquitetura colonial espanhola é bem conservada. A cidade é limpa, conta com muitos museus, inclusive de tecelãs, igrejas, basílicas e os arcos de Xochimilco. Sentar num dos tantos restaurantes do Zócalo e ficar vendo a vida passar é um programa bem legal. Dá uma saudade...

Viva o México


Puerto Escondido é tudo de bom


Puerto Escondido é tudo de bom. Praia pequena, limpa, paisagem bonita e povo agradável. Se não fosse tão longe, iria veranear sempre por lá. Chegamos a Puerto Escondido de manhã bem cedo. Compramos cartão telefônico e ligamos para alguns hotéis indicados no Guia da Folha de São Paulo. Encontramos um hotel a uma quadra do mar e atendido pelos próprios donos. Ela do Canadá e ele da Escandinávia. Além de chefe da cozinha, ela colocava a mão na massa. E que massa. De noite jantávamos no hotel, escolhendo uma das iguarias oferecidas e degustando um vinho tinto chileno. Perfeito.
Num dos dias, caminhamos pela praia, explorando cada recanto e depois curtimos um peixe muito bom guarnecido com cerveja gelada. No dia seguinte saímos bem cedo para um passeio de barco. A idéia era ver golfinhos e tartarugas, um dos atrativos do local. O Paulo, dono do hotel, nos indicou quem nos levaria no passeio pelo oceano Pacífico. Perguntei ao condutor do barco se a lancha era bem grande. Ele respondeu afirmativamente. Para nossa surpresa, era uma embarcação de pescador sem estabilidade nenhuma, sem colete salva-vidas e sem rádio ou telefone celular. Nossos companheiros na aventura são da Inglaterra. Saímos mar à dentro e a costa foi desaparecendo. Andamos umas duas horas naquela casquinha de barco. Adoro aventuras, mas aquele passeio foi uma irresponsabilidade. Felizmente deu tudo certo. Acabamos vendo muitas tartarugas e muitos golfinhos, mas que foi arriscado, isso foi. No retorno, o barqueiro nos deixou numa outra praia paradisíaca e retornamos a Puerto Escondido de táxi. Diferente de Acapulco, que é uma praia grande com edifícios altos e diferente de Cancun, que é totalmente artificial, Puerto Escondido é praticamente um paraíso. Dá para entender as razões pelas quais os donos do hotel deixaram o país deles para viver naquele cantinho do mundo, naquele pedacinho do céu.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Viva o México





Acapulco com lua cheia


Deixamos as malas no hotel, tomamos um banho e saímos em busca de um lugar legal para jantarmos. Encontramos um restaurante bem à beira da baía de Acapulco. À direita a lua cheia refletia no mar, tendo como fundo musical Tom Jobim. Estava perfeito. Pedimos um prato sem pimenta. Comer no México foi uma tortura até descobrirmos algumas iguarias sem pimenta. Eles comem pimenta até em sanduíches de queijo e presunto. E eu detesto pimenta. A minha boca fica ardendo.
Depois do jantar, caminhamos pelo calçadão e acabamos num outro bar com música ao vivo tocada por cubanos. Dançamos e nos divertimos bastante. No dia seguinte, fomos à Isla Roqueta. Navega-se num barco de fundo de cristal para mirar a imagem da Virgem de Guadalupe no fundo do mar. Aliás, a padroeira do México está por toda parte. Em Acapulco também assistimos os saltadores de la Quebrada. Eles pulam de uma altitude de 38 metros e mergulham no meio de uma fenda que tem cinco metros de largura. Uma loucura. O local fica cheio de turistas. Antes do "espetáculo", a gente assistiu o pôr-do-sol no bar do hotel El Mirador, uma vista e tanto.
De Acapulco seguimos para Puerto Escondido, um encanto de praia.

Viva o México





Taxco - a Ouro Preto mexicana



Fiquei com vontade de morar em Taxco. A cidade lembra Ouro Preto, em Minas Gerais. É cheia de ladeiras, casarões coloniais espanhóis e um clima descontraído. Cercada de montanhas, a cidade também atrai pela feira de prata que ocorre nos sábados pela manhã. Têm diversos restaurantes com música ao vivo, uma variação da MPB, e a cada esquina uma surpresa para ser clicada. A cidade é muito bonita. De lá, seguimos para Acapulco.

Viva o México





Cuernava - a cidade das árvores sussurrantes


Cuernavaca é uma cidade pequena com prédios coloniais bem preservados. Fica próxima à Cidade do México e é muito procurada pelos moradores do DF, que a procuraram para desfrutar os finais de semana. Sentar num dos restaurantes do zócalo para bater um papo e tomar uma cerveja depois das longas caminhadas é muito gostoso. Há um transporte que faz todo o circuito turístico com o acompanhamento de guia.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Viva o México





A pitoresca Veracruz no Golfo do México



Estava um céu de brigadeiro. O vôo da Cidade do México a Veracruz foi maravilhoso. Mal deu tempo para tomar a cervejinha e comer os amendoins servidos pela aeromoça simpática. Grudada na janela, eu admirava o Pico Orizaba, a montanha mais alta do México, com 5.747 metros e sempre coberta de neve.
Uma estátua olmeca nas proximidades do aeroporto de Veracruz homenageia o legado desta civilização.

O bom do porto de Veracruz, no golfo do México, é curtir o Zócalo, praça central, para ouvir os mariachis e também passear pelo malecón, que é o calçadão à beira-mar. E não dá para deixar de saborear um café no Café de la Parroquia, fundado em 1808.

Também é possível passear de barco e fazer um recorrido pela Boca del Rio para provar um dos tantos frutos do mar. Acho que a melhor palavra que define Veracruz é pitoresca. Por ser um porto, pode-se comprar produtos importados a preço barato e a população é muito simpática. Vale dar um pulinho até lá.