sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Madame Tussaud pela lente do Marquinho


Fotografia é uma arte. E arte é para poucos. Exemplo concreto dessa premissa é esta foto de autoria do meu amigo Marco Couto, que foi produzida dentro do Circo de Cera da Madame Tussaud, em Amsterdã. Linda, não?

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Pavão misterioso e o galinho assanhado: crônica de uma viagem ao Gravatal




Se contar ninguém acredita. O galinho e o pavão são amigos inseparáveis. Pelo menos foi o que nos disseram. E a história vem de longa data. O pavão ficou viúvo faz um tempo. Um carro passou por cima da fêmea. Triste fim morrer atropelada, e em pleno Gravatal, em Santa Catarina. Primeiro conhecemos o pavão. Ouvimos uns grunhidos e avistamos um bico aberto. Aproximamos-nos e eis que nos deparamos com um pavão próximo à entrada do Hotel Internacional, no Gravatal, em Santa Catarina.

De máquina em punho, começamos a escolher os melhores ângulos para fotografar o pavão. Tão mansinho, nos permitia chegar bem perto. Fiz algumas fotos da Bela com o pavão e logo em seguida chegou a outra amiga, a Anahi, que também ficou surpresa com aquela ave bonita na nossa frente.

Não demorou muito e o pavão começou a se pavonear. Abriu aquela plumagem multicor para a alegria dos nossos olhos. Fotos, fotos, muitas fotos. O jardineiro não soube nos informar a idade do pavão, mas foi logo dizendo, com aquele sotaque catarina, que no hotel também tem um galinho. Ah, o galinho. Este surgiu depois. Digo, nas nossas vidas, pois já é amigo do pavão de longa data. Outro hóspede afirmou, com todas as letras, que o pavão tem uns treze anos. E o motorista do táxi confirmou.

No café da manhã, o pavão e o galinho fazem a alegria dos hóspedes. O salão do café é todo envidraçado e dá para um jardim. E é justamente nesse local que os amigos ficam se exibindo para quem quiser ver, fotografar, curtir. O pavão vai logo abrindo suas penas multicoloridas, mas nunca fica de costas para o galinho. Prudência é bom. O garnizé é gracioso e cheio de posse. Todos os dias, os dois estão juntinhos, fazendo o espetáculo matinal. Dia após dia. E assim segue a vida.

No hotel também tem uns macacos que, como é da espécie, adoram pular, gritar e atrair a atenção dos que fazem a trilha pelo interior do hotel. O jardim é um capricho. Tem camélia, tem uma ponte, que remete aos jardins de Monet. E também tem uma horta, que alimenta os hóspedes. Um lago, uns patos, uns marrecos. Tudo muito bacana.

Pena que a atual administração do hotel está em queda. O lugar tem tudo para ser um Jardim do Éden, mas alguns descuidos podem levar os clientes a procurar outras paragens. A água é maravilhosa, a sauna é relaxante, as aulas de hidro e as caminhadas têm bons instrutores. Mas, os sinais de decadência aparecem em pequenos detalhes como no cardápio que, dizem os assíduos, já foi melhor. A preservação do hotel também mostra sinais de esgotamento. Uma pena. O lugar é lindo e os administradores deveriam abrir os olhos antes que os hóspedes percam o encantamento com natureza exuberante e busquem pavões e galinhos em outras paragens.

domingo, 21 de novembro de 2010

Cidade Luz


Paris conserva o título de cidade luz pelas ideias que saíram de lá para serem refletidas em outras partes do mundo. Lembrei disso ao ver esta foto que meu amigo fotógrafo Marco Couto me enviou de Montparnasse.

Alias,quando estive por lá, uma dos passeios bem agradáveis foi visitar a Basílica Sacré-Coeur (sagrado coração), que fica no alto de Montparnasse. No bairro tem ótimos cafés e muitas artistas expondo suas obras na rua ou simplesmente oferecendo uma caricatura feita na hora especialmente para o visitante.

domingo, 7 de novembro de 2010

Amsterdã: a cidade das bicicletas


Essa foto de Amsterdã, clicada pelo meu amigo Marco Couto, é um irresistível convite para desbravar uma das mais extraordinárias cidades do mundo. Eu ainda não estive por lá, mas sei que é um dos lugares mais românticos e encantadores da Europa.

Qualquer dia, pego uma dessas bicicletas e circulo pelos canais da mágica Amsterdã.

Bela foto, Marquinho.

Paris: la vie en rose


Notre Dame pela lente de Marco Couto


Paris é linda. Acho que essa assertiva é indiscutível. Há muito tempo entrevistei a escritora Olga Reverbel e ela, à época viúva, me disse que o Carlos, seu marido, sempre dizia que sentida saudades das pedras de Paris.

Quando estive na cidade luz senti meu peito apertado pela falta de Paris. A falta que nunca tinha se feito então se fez...

Hoje mesmo assisti, no orkut, o vídeo que registra a viagem da jornalista Luciene à cidade da cantora de La Vie En Rose. Cada um tem o seu jeitinho peculiar de ver, sentir e registrar a terra de Piaf.

Pois essa belíssima foto que você está vendo, clicada no alto da Notre Dame, é de autoria do meu amigo e fotógrafo, Marco Couto.

Não tenho dúvidas de que as coisas boas e belas não podem ser engavetadas, devem ser compartilhadas. Na minha opinião, esta foto tem um "q" artístico. É linda, não?

domingo, 7 de março de 2010

Curtindo a noite em Jerusalém



Chegamos em Jerusalém ao anoitecer. Brindamos com suco de uva oferecido pelo guia no alto do Monte das Oliveiras, desfrutando do visual da cidade amuralhada. Depois do jantar, circulamos pela parte moderna, onde tem um calçadão com muitas lojas, cafés, restaurantes. Para fechar a noite e espantar o friozinho tomamos um vinho num restaurante super simpático, onde fomos muito bem recebidos e fotografados pela garçonete.

Haifa: alta tecnologia, centro da crença Bahai e prédio do Niemeyer



Haifa é a terceira maior cidade de Israel depois de Jerusalém e Tel Aviv. Esta situada nas encostas do Monte Carmel e de frente para o Mar Mediterrâneo. É bem agradável. Lá judeus e árabes parecem conviver em harmonia. A sua história remonta aos tempos bíblicos. Foi conquistada e governada por bizantinos, árabes, cruzados, otomanos, egípcios e britânicos.

Hoje se destaca pela alta tecnologia em informática e em biotecnologia. Outro atrativo do local é o Centro Mundial da crença Bahai, uma religião que unifica os ensinamentos monoteístas. O templo está rodeado por jardins caprichosamente cuidados. De cima do Monte Carmel também é possível apreciar um prédio construído pelo arquiteto brasileiro Oscar Niemeyer.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Jaffa marca as presenças de Pedro e do profeta Jonas






Iniciamos nosso passeio em Israel por Jaffa. Considerada uma das cidades mais antigas do mundo, esta localidade portuária abriga hoje uma colônia de artistas. O nome significa “a bela” devido ao brilho do sol. Está situada ao lado de Tel Aviv e integra a mesma municipalidade.

De acordo com a história, o profeta Jonas teria sido engolido por um peixe grande quando saiu de barco e o apóstolo Pedro hospedou-se na casa de Simão, o curtidor.
Atualmente, o porto está em reforma e a cidade foi reconstruída. As ruas são limpas, estreitas e com escadarias. Um lindo local. Lá vivem árabes e judeus e tem uma padaria famosa pelo pão árabe.

Durante a nossa visita estava um dia ensolarado e agradável de caminhar.

Fronteira com a Jordânia





Quem viaja para aquela localidade sabe que ingressar em avião e atravessar fronteiras exige paciência e sangue frio. Quando estávamos quase chegando à fronteira norte entre Israel e Jordânia, pouco antes de atravessarmos a ponte Rei Hussein, o nosso guia chamado Israel contou que, há muitos anos, um soldado jordaniano havia metralhado um ônibus com adolescentes judias. Disse também que o próprio rei da Jordânia pediu desculpas, foi ao enterro das meninas e trocou os guardas da fronteira por homens da sua própria guarda pessoal. Na seqüência, acrescentou que Israel e Jordânia mantêm boas relações diplomáticas. De toda forma, ele nos levaria somente até a fronteira do lado de Israel.

Do lado israelita, os guardas fortemente armados andam a paisana. Chamou-me a atenção um rapaz de uns 26 anos de idade com uma calça de sarja, uma camiseta e uma metralhadora a tiracolo. Não tenho interesse em saber a potência da arma, mas que não era de plástico, ah, isso não. A guarda israelita também vistoria com espelho debaixo do ônibus.

Despedimo-nos do guia Israel e dali em diante fomos a pé, carregando nossas próprias malas até chegarmos ao controle de ingresso na Jordânia e embarcarmos no ônibus da empresa que nos transportaria no território do reino hashemita da Jordânia.

No controle de fronteira da Jordânia, os passageiros são fotografados e os passaportes só são devolvidos pelo guia quando se está dentro do ônibus. Quando retornamos a Israel pela fronteira sul, onde atravessamos a ponte de Allemby, os nossos passaportes não foram carimbados com o registro de saída do país porque a Jordânia entende que o lado de lá é terra ocupada, portanto, não a reconhece como território de Israel.

No retorno a Israel, o ônibus circulou várias vezes naquela área de fronteira para ser fotografado e as bagagens foram radiografadas por amostragem.
Trata-se de uma região de conflitos milenares que tratarei em outra matéria. É uma longa história que eu tive a curiosidade de conferir de perto e senti o calor da panela de pressão.


Não é permitido fotografar na fronteira, claro.

Israel e Jordânia




Interrogatório para ir e voltar da Terra Santa

O protocolo de embarque para Israel é minucioso. No guichê da El Al, no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, o interrogatório foi extenso. Não causou surpresas. Tudo dentro do previsto. Eles querem saber o motivo da viagem, se alguém mexeu na mala, se levamos alguma encomenda, se tem algo elétrico, etc. São uns guris e umas gurias que fazem as perguntas. Entre eles, falam hebraico. Eu não tive problemas. A minha mala não foi aberta. Apenas pediram para tirar o cadeado. Eles radiografam a mala e, se entendem necessário, a abrem.

Um casal de gaúchos que mora em São Paulo teve a mala aberta. Eles já estavam dentro da aeronave, quando foram abordados pelo pessoal da vistoria que queria saber se havia algo elétrico dentro da bagagem despachada. Prontamente, o casal informou levar um pequeno ferro de passar roupas em viagens. Eles indagaram se o aparelho havia ido para o conserto e há quanto tempo eles tinham o tal ferro elétrico. Eis que mostram – é este o ferro? Depois o recolocaram no mesmo local onde estava o aparelho.

No retorno, um outro casal teve de abrir a bagagem e dar explicações sobre os lenços palestinos comprados na Jordânia. Novamente a minha mala passou sem problemas. Só tive de responder algumas perguntas sobre os livros que trazia, se eram para mim ou para presente e quantos eram. Como já dizia Terêncio – “sou humano, e nada que é humano me e estranho”. Ainda mais quando se trata de Terra Santa e de região de conflito milenar, que parece não ter fim.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Tel Aviv – moderna e agradável






A passagem relâmpago por Tel Aviv deixou boas impressões. E como diz Nietzsche -“Quando você encontra alguém pela primeira vez, já fica sabendo de tudo a respeito dessa pessoa, em encontros subseqüentes você se torna cego à sua própria sabedoria”. Acho que a frase desse maravilhoso filósofo também pode ser adaptada a lugares.
Desembarcamos em Tel Aviv com um calorzinho. Nada parecido com o forno de Porto Alegre.

Um rápido banho e pernas para que te quero. Não conseguíamos encontrar a casa de câmbio indicada pelo guia Israel. Fomos andando daqui para ali e acabamos trocando os dólares por Shekel numa fruteira. Salim faz qualquer negócio. Seguimos em direção à praia. Era final de tarde. As pessoas caminhavam à beira do Mediterrâneo. Outras aproveitavam um banho de mar. E algumas empurravam carrinhos com crianças.

Não resistimos ao restaurante com vista para a praia e saboreamos um chopinho, geladinho, mas bem carinho – R$ 30,00 um copo grande. Seguimos até chegar ao porto, que lembra o Puerto Madero, em Buenos Aires, porém mais elegante. Muitas lojas, bares, cafés, restaurantes bacanas. Assistimos a um casamento chique num dos bares e retornamos ao hotel para o jantar. Pela programação, o dia seguinte seria cheio.

Para os brasileiros, Israel está cara. Um dólar vale aproximadamente 3,68 shekels. E o dinar, moeda da Jordânia, estava ainda mais valorizado. Precisa-se de R$ 4 para comprar um dinar. Retornamos a Tel Aviv no final da viagem para embarcar no vôo da El Al de retorno a São Paulo e depois para a capital gaúcha.

Israel e Jordânia






Um passeio fantástico pela região que é o berço da humanidade


Quando me dei conta, estava em Israel e na Jordânia. Apesar do berço da humanidade estar entre os meus tantos roteiros de viagem, a decisão de percorrer a Terra Santa aconteceu num estalar de dedos. Quando estive no Egito, em 1996, pensei em ir a Jerusalém, mas acabei deixando de lado a idéia por alguns receios. O sonho de conhecer Petra era acalentado há muito tempo.

Pois bem, sem saber onde passar as férias, estes diazinhos sagrados que acontecem uma vez por ano, um colega de trabalho, Alexandre Stolte, que adora viajar, começou a me contar sobre o roteiro dele e da esposa e, pronto, também decidi abraçar a aventura.

Embarquei num vôo da Gol às 13h30 da terça-feira, dia 16 de fevereiro, e às 19h15 já estava acomodada nas estreitas cadeiras da aviação El Al em direção a Tel Aviv. Ida e volta consome algo em torno de 32 horas de vôo. Desembarcamos no aeroporto Ben-Gurion por volta das 13h15, hora local, computando as cinco horas de fuso. Ao invés de frio, pois lá é inverno, estava um calor danado e a maioria das roupas eram para enfrentar baixas temperaturas. Ao fim e ao cabo deu tudo certo.

Devido às dificuldades dos idiomas hebraico e árabe, acabei optando por um pacote com outras 31 pessoas. No grupo, tivemos uma mascote, a Beatriz, de um ano e meio e, sem dúvida, foi a que mais interagiu entre o grupo e com os árabes e judeus. Ela adorava os guias, ou melhor, o crachá deles. Foram 13 dias intensos e de muitas informações. O roteiro ficou assim definido.

O roteiro
Tel Aviv (cidade à beira do Mar Mediterrâneo)
Jaffa (Cidade portuária que marca as presenças de Pedro e do Profeta Jonas).
Hoje é uma colônia de artistas).
Via Maris
Cesarea Marítima – que foi capital do império romano e teve o
comando do imperador Herodes
Haifa e visita aos jardins persas
Monte Carmel – Cenário da batalha entre o profeta Elias e o profeta Baal
São João do Acre, na costa do Mediterrâneo.
Tiberíades – lago tiberíades ou mar da Galiléia
Cafarnaum – ruínas da casa da sogra de Pedro e sinagoga onde Jesus pregou
Monte das Bem Aventuranças – local do Sermão da Montanha
Tabgha – Milagre da multiplicação dos pães e peixes
Travessia no Mar da Galiléia
Canaã da Galiléia – bodas de Canaã – primeiro milagre
Nazaré – infância e adolescência de Jesus
Basílica da Anunciação e carpintaria de São José
Fronteira norte com a Jordânia – Ponte Rei Hussein
Jerash – cidade romana da Decápolis
Amman – capital da Jordânia
Wadi Musa – vale de Moisés
Petra – antiga capital dos Nabateos
Madaba – mapa da Terra Santa do século VI
Monte Nebo, onde Moisés avistou a Terra Prometida. De onde se avista o Vale do Jordão, o Jericó, o Mar Morto e as montanhas da Samaria e da Judéia
Fronteira sul com Israel –Ponte de Allemby
Mar Morto
Chegada a Jerusalém pelo deserto da Judéia, passando pela Estalagem do Bom Samaritano
Jerusalém (Monte Scopus, Monte das Oliveiras, capela da Ascensão, igreja Pater Noster, Horto do Getsemani, onde está a Basílica da Agonia, Muro das Lamentações). Monte Sião, lugar da última ceia, túmulo do rei David e Basílica da Dormição de Maria. Via Dolorosa, Golgota e Santo Sepulcro, Museu do Holocausto e Memorial às crianças
Belém – Igreja da gruta da Natividade, Gruta de São Jerônimo e Basílica de Santa Catarina.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Viva o México



Tulum é muito procurada por italianos


A praia de Tulum, próxima a Cancún, é muito procurada por italianos. À beira-mar tem um sítio arqueológico, mas não tão bem conservado quanto o de Palenque. No mais é uma praia de mar bonito. Quando estivemos lá ventava muito.

Cancúm é um praia totalmente artificial e com arquitetura de gosto duvidável. O bom mesmo é Isla Mujeres. De Cancún se pega um barco e em meia hora a gente desembarca em Isla Mujeres, que é tudo de bom. Mar do caribe, natureza, bares e cafés interessantes e agradáveis de curtir.

E a ilha de Cozumel é própria para mergulho e flutuação. Como tem muitas pedras e não tem areia, o banho de mar fica prejudicado. Nós alugamos um carro e circulamos toda a ilha. Foi bem interessante.

Viva o México






Palenque – a alma do mundo maia


Uma das zonas arqueológicas mais bem preservadas do México é Palenque. Contratamos um guia que fez uma síntese da história e nos conduziu pelos templos. É um dos locais mais importantes de Chiapas e ideal para apreciar preciosidades arqueológicas da cultura maia. É de fácil acesso. Depois da visita ao sítio arqueológico, a próxima parada é o museu que guarda relíquias imperdíveis.

Viva o México




Canyon El Sumidero – crocodilos e um paredão de um quilômetro de altura


Um passeio de tirar o fôlego. Navega-se pelo canyon duas horas. Os paredões chegam a um quilômetro de altura e os crocodilos habitam no rio Grijalva. Contam que os chiapanecas preferiam aventurar-se de cabeça no canyon a serem colonizados pelos espanhóis.

São diversos barcos que partem a todo o momento. Tudo muito organizado e seguro. Colete salva-vidas, todos sentados e seguindo a orientação do guia. Avistam-se cascatas, a vegetação, grutas, crocodilos e é claro, a imagem da virgem de Guadalupe.

Viva o México







Chiapa de Corso

Contaram-me que, para evangelizar os índios, os padres “colonizadores” asseguraram para os indígenas que os santos católicos eram ainda mais protetores e “permitiram” vestir os santos com roupas coloridas. Vimos muitos santos vestidos em diversos tons de alegria.

Chiapa de Corso está a 37 quilômetros de San Cristóbal de las Casas e foi a primeira capital do estado. A rodovia é ótima. Tem museu, igrejas e festa na praça do coreto. Fica à beira do rio Grijalva e foi fundada no século XVI. O dia estava ensolarado e o passeio foi uma delícia.

Viva o México






Zinacantán – colorido têxtil e agricultura familiar


Assistimos ao vivo as tecelãs de Zinacantán elaborando seu trabalho. Visitamos uma casa típica, e onde nos serviram um café e uns bolinhos preparados num fogo de chão batido. As roupas são bem coloridas. Claro, faz parte da cultura mexicana. A localidade dista 11 quilômetros de San Cristóbal de las Casas.

A fonte de renda advém da agricultura familiar e da arte têxtil. Eles planam rabanetes, flores. Conversava com uma indígena bem jovem que nos serviu o café e indaguei se estudava. A resposta veio do guia – não é obrigatório. Senti que deveria ter permanecido calada. Para remendar, elogiei o alimento e disse que ela seria uma ótima dona de casa. Perguntei, então, com que idade elas costumam casar. O retorno foi um silêncio sepulcral. Deveria ter ficado bem quietinha.

Na foto, minha colega de viagem veste um traje de noiva. O rapaz e a senhora foram nossos companheiros naquele passeio. Eu estou usando roupa de madrinha de casamento. Quando elas contraem matrimônio, embaixo do vestido de noiva, vestem a roupa do diário e a roupa de festa. É tudo que levam para o casamento e tornam a lua de mel mais emocionante. O noivo tem muitas peças para despir sua noiva. Aquele “poblito” conserva suas origens, sua cultura, sua história. Viajar é isso, conhecer outros modos de vida e é reconfortante.