Ilha do Pelado é um paraíso ecológico

A Ilha do Pelado fica próxima a Paraty. A travessia de barco dura uns 20 minutos. Fora da temporada, a ilha é praticamente deserta. Tem apenas três bares para degustar um peixe e saborear uma cerveja. A água é bem clarinha e o local é cercado por montanhas. Uma paz e tanto.
Lamentavelmente, a especulação imobiliária está devastando parte dos morros e, sem dúvida, esta ação reflete no meio-ambiente. Resta saber até quando será possível curtir aquele paraíso ecológico deste lindo e imenso Brasil.

Um passeio por Montevidéu com A Trégua de Mário Benedetti

O romance “A Trégua”, de Mário Benedetti, se passa em Montevidéu. Em forma de diário, o autor conta a história do pacato Martín Santomé. Prestes a completar cinqüenta anos, este viúvo não se relaciona bem com seus três filhos. Ele é homem de poucos amigos e de rotina sombria. A vida começa a mudar para Santomé quando a jovem Laura Avellaneda é contratada para ser sua subordinada no escritório onde trabalha.

O delicado relacionamento entre eles ilumina a ambos e o amor dá uma trégua nos cinzentos dias de Santomé. Mas como a vida é uma caixinha de surpresas, a felicidade um dia acaba. Publicado em 1960, esta é uma das mais importantes obras da literatura latino-americana e trata da felicidade e dos relacionamentos humanos num viés às vezes bem-humorado e outras cruel.

Embora a maioria dos encontros entre os amantes seja num apartamento alugado, Santomé e Laura passeiam pelas ruas e praças da cidade e visitam cafés charmosos da capital do Uruguai. O austero personagem é, de fato, um cidadão de Montevidéu, que deixa escorregar pela sua narrativa a cultura do país.

Com este livro primoroso, Benedetti aproxima o leitor da sua terra natal, significando coisas simples com a habilidade de gênio. Vale a pena ler "A Trégua" e percorrer Montevidéu pelas mãos de Benedetti.

Para quem gosta de Barcelona, a dica é assistir ao último filme de Woody Allen

O último filme de Woody Allen, Vicky Cristina Barcelona, foi rodado na Espanha. A película conta a história de duas americanas, que decidem passar as férias em Barcelona. As amigas têm temperamentos distintos. A conservadora Vicky (Rebecca Hall) estuda a identidade catalã e o seu noivo é todo certinho. Já a aventureira Cristina (Scarlett Johansson) acabou de dirigir um filme de 12 minutos sobre o sentido do amor. Exatamente, 12 minutos.

Em Barcelona, elas conhecem um pintor (Javier Bardem), que acabou de passar por um traumático processo de separação da sua mulher (Penélope Cruz). Vicky e Cristina se envolvem com o artista plástico, após passarem um fim de semana na romântica Oviedo.

A comédia dramática trata das insatisfações humanas. Daquele algo que sempre falta e leva as pessoas a buscarem mais e mais em novas experiências. É um dos melhores filmes de Woody Allen. As locações são maravilhosas, a trilha sonora divertida e a história interessante. Vale a pena conferir.

Para quem conhece Barcelona é uma oportunidade de revê-la. E para quem nunca esteve por lá é uma maneira divertida de percorrer as ruas daquela cidade catalã. Logo no início do filme, o diretor nos presenteia com uma belíssima imagem da Sagrada Família, a catedral inacabada do Gaudí. Depois nos mostra a Casa Batló e La Pedrera.

O filme de 96 minutos nos leva a passear pelo parque Güel, pelo museu do Miró, por bares, restaurantes e casas maravilhosas. Além de exibir os cartões-postais de Barcelona, as locações foram escolhidas a dedo. Lugares floridos, arborizados e de muito bom gosto. Tudo acompanhado das trilhas sonoras “Barcelona”, “Entre duas Águas”, “Granada” e ‘Astúrias”. Lançado em 2008, o filme está em cartaz em Porto Alegre. Não perca!

Arte moderna no Parque Nacional do Inhotim

Para quem gosta de arte moderna, o Parque Nacional do Inhotim, em Brumadinho, a 50 quilômetros de Belo Horizonte é um passeio interessante. No meio de um jardim aparado no capricho, há prédios expondo diversos obras e instalações.

Têm também intervenções ao ar livre, como os fuscas da foto acima. Pela beleza do local, é comum ver noivas fotogrando por lá vestidas a rigor. Estive no parque em dezembro de 2007. O acesso deve ser de carro. As linhas de ônibus são precárias.

Isla del Rosário: um passeio perto dos animais

As viagens ecológicas nos renovam. Procuro misturar passeios junto à natureza com outras visitas históricas. Quando estive em Cartagena, adorei percorrer as ruas coloniais da cidade amuralhada e mergulhar nas Isla del Rosário para ver corais. Nestas ilhas, o mergulho foi apenas de superfície.

A gente segue de barco até um determinado ponto e de lá um guia conduz o grupo para observar as maravilhas marinhas. Outra opção é seguir de barco até chegar a um aquário onde têm golfinhos, tartarugas, tubarões, cavalo marinho, aves e plantas.

Uma das coisas que mais me chamou a atenção foi a cor da água, como pode ser observada na foto acima. Linda, não?

Natal Luz de Gramado

O Natal Luz de Gramado é um sonho. Vale a pena conhecer. Para quem tem pouco tempo, dá para ir e voltar no mesmo dia, de carro ou de ônibus. O passeio pelas ruas adornadas com enfeites natalinos já é uma ótima opção. Ao subir a Serra de carro, uma parada em Nova Petrópolis é imperdível. Tudo é feito no capricho. As atrações em Canela também devem ser conferidas e alegram os olhos e os corações de crianças de todas as idades.

A foto acima foi clicada pela minha sobrinha Natália no último inverno. A modelo sou eu. Divertida, não?

Uma viagem bem preparada tem mais chance de dar certo

Uma viagem bem preparada tem mais chance de dar certo. Divido a viagem em três tempos: preparativos, passeio e retorno. O bom de antes de viajar é definir roteiro, após uma longa e exaustiva pesquisa. Muitas vezes, o trajeto precisa ser refeito várias vezes para estar no dia certo na cidade certa.

Estou preparando minha viagem para o México. Já lapidei o percurso algumas vezes. A idéia é não perder as feiras de Taxco, onde o forte é a prata, e a de Oaxaca, com variedades em cerâmicas. Ambas são aos sábados. Também estaremos na feira de Coyacan, na Cidade do México.

Na foto aí acima, Luciene, minha companheira desta viagem, e eu tratamos de alguns detalhes enquanto degustamos um espumante num fim de tarde de novembro, na Feira do Livro, em Porto Alegre. Esta etapa é de grande expectativa. Viva el México.

Comer lambari frito na beira do Rio Jacuí: um dos meus programas preferidos em Cachoeira

Um dos meus programas preferidos em Cachoeira do Sul, minha cidade natal, era comer lambari frito, na sede campestre do Grêmio Náutico Tamandaré, à beira do Rio Jacuí. Os peixes são fisgados na hora e o prato preparado no capricho. Para acompanhar, umas gotas de limão e aquela cerveja bem geladinha.

Era um passeio muito agradável de fazer nos finais daquelas tardes quentes e abafadas. Sem dúvida, uma bela maneira de nos refrescarmos à beira-rio. Um sabor que não existe em nenhum outro lugar do mundo. Na minha infância, a gente também passava os dias de verão naquela sede campestre.

Do outro lado do rio, fica a Praia Nova. Chega-se lá de canoa (mais divertido) ou pela ponte. Há alguns bares no balneário e uma infra-estrutura básica. Apesar dos atrativos e dos esportes aquáticos neste rio que tem suas margens cobertas por mata nativa, os cachoeirenses preferem as piscinas azulejadas dos clubes. E assim perdem o crocante lambari frito e o belíssimo pôr-do-sol.

Noite de lua cheia no Rio Nilo

Fiz um cruzeiro no Rio Nilo e tive a sorte de pegar noites de lua cheia. O reflexo da lua na água é algo maravilhoso. Durante o dia, a gente visitava vários templos. De noite, curtia o navio. No meu grupo de viagem tinha gaúchos, paulistas e cariocas. Com exceção da carioca Branca, uma senhora dos seus 60 anos, não tive afinidade com outras pessoas. Teve uma noite especial, tão linda, mas tão linda...Pena a ausência de alguém especial. Não deixo de viajar por falta de companhia. Mas, às vezes, bate uma solidão.

Museu do Ouro de Bogotá: uma relíquia aberta ao público

O Museu do Ouro de Bogotá reúne 36 mil peças pré-hispânicas de puro ouro. É o conjunto mais importante de ourivesaria do mundo. Foi o Banco da República da Colômbia o impulsionador desta coleção disposta em dois andares.

Próximo ao Museu têm diversas lojas de artesanatos. Vale a pena conferir. A capital da Colômbia também abriga um outro museu precioso, com esmeraldas, a pedra do país. Neste, são três mil pedras. Relíquia, mesmo.

Bogotá é uma cidade fascinante. O centro histórico, requer um passeio com caminhadas tranqüilas para bem apreciar. Há também uma parte moderna. Na Zona Rosa têm muitos hotéis, restaurantes, casas para dançar e os cafés, onde se prova uma das exportações do país. Bogotá me surpreendeu positivamente. A cidade é limpa e bem iluminada e o povo muito acolhedor.


Outros pontos culturais
- Museu Arqueológico
- Instituto de Ciências Naturais
- Museu Botero
- Museu de Arte Moderna de Bogotá
- Museu de Arte Colonial
- Museu de Arte e Pinacoteca
- Museu de Arquitetura Leopoldo Rother
- Teatro Colón
- Igreja San Augustín
- Parque Metropolitano Simón Bolívar
- Parque Metropolitano El Lago
- Parque Sauzalito
- Parque Metropolitano La Florida
- Parque San Andrés
- Parque Urbano Santander
- Bairro da Candelária
- Planetário de Bogotá
- Centro Cultural Gabriel Garcia Marquez

Catedral de Zipaquirá tem esculturas talhadas no sal e no mármore

A Catedral de Sal de Zipaquirá tem esculturas talhadas no sal e no mármore. A 50 quilômetros a norte de Bogotá, o local deixou, em 1954, de ser uma mina de sal, transformando-se na maior catedral subterrânea do mundo. E é tudo de sal, mesmo. Dá para provar as paredes. As visitas guiadas conduzem os turistas por corredores a 200 metros abaixo do nível do mar, onde se vê a via cruces.

São inúmeros salões e na parte principal tem uma cruz de 12 metros de altura, embelezada, ainda mais, pelo efeito da luz. Lá são celebradas missas às 16h de domingo. Um passeio imperdível. Como o táxi é barato na Colômbia, dá para alugar um carro por um dia inteiro com valor fechado e, além de Zipaquirá, visitar outros locais na capital colombiana.

Pinheira é tudo de bom

A Praia da Pinheira é o melhor cantinho de Santa Catarina. Mergulhar nas águas transparentes da Praia de Cima ou fazer uma longa caminhada da Praia de Baixo até a Ponta do Papagaio e a Praia do Sonho são programas que não me canso de repetir. Um passeio de escuna acabana sendo uma aula de história, pois o capitão do barco é professor aposentado da UFSC e fala com o entusiasmo de quem curte o que faz.

Caminhar pelos morros é outro atrativo imperdível. Segue-se uma trilha da Praia da Pinheira à Guarda do Embaú, passando pela Praia do Maço, pela Prainha e pela Praia do Gaúcho. E na Guarda, depois da longa pernada, nada melhor do que se refrescar nas águas do rio, que encontra o mar, e depois comer um pastel de siri, sorvendo uma cerveja bem gelada no Bar do Evori, onde sempre tem alguém tocando violão e se faz muitos amigos. É justamente na Guarda que o modelo Zulu tem uma pousada. Depois deste passeio maravilhoso é o momento de retornar pela estrada ou pelos morros e no final da tarde curtir a vila da Pinheira.