É emocionante a apresentação de Natal no prédio do HSBC

A apresentação do Natal no prédio do HSBC em Curitiba é emocionante. As crianças contam até três e quando dizem já as luzes do prédio do Palácio Avenida se acendem as janelas se abrem e começa o espetáculo.

Neste ano, o ator Fulvio Stefanini foi âncora do show promovido por crianças carentes. Com o tema, Natal Feito Criança, os meninos e meninas cantam diversas músicas e cada ritmo natalino é simbolizado por uma estrela, borboleta, espiral, lencinhos brancos e assim por diante.

Com uma hora de duração, o espetáculo inicia às 20h30. Mas para garantir um bom ângulo é necessário chegar por volta das 19h30, no máximo. A Rua das Flores e imediações ficam lotadas de gente de todas as idades. É um verdadeiro espetáculo. Um Feliz Natal para todos.

O charmoso Vale do Anhangabaú

Deve ser difícil para estrangeiro falar Vale do Anhangabaú. Até mesmo brasileiro enrola a língua e tropeça nas palavras. Mas o lugar é lindo. Tem um charme todo especial.

Situado entre o viaduto do Chá e o Santa Ifigênia, o local tem jardins bem cuidados, chafarizes e é palco para manifestações culturais, artísticas e políticas.

Em 1984, reuniu um milhão e meio de pessoas no comício pelas Diretas-já. Próximo dali fica o Teatro Municipal, um prédio muito bonito. Um passeio imperdível em São Paulo.

Canto Gregoriano no Mosteiro de São Bento atrai turistas

Dez horas de domingo. O mesmo coração de São Paulo, onde fervilha gente de todos os cantos abriga o Mosteiro de São Bento. E justamente neste local acontece, no sétimo dia da semana, uma missa com o canto gregoriano dos monges beneditinos. O culto atrai turistas de vários lugares. Vestidos com uma capa púrpura, os monges cantam nos intervalos do sermão e encantam os fieis e os visitantes.

Cerca de 40 monges vivem e cuidam da igreja que em seus mais de 400 anos passou por diversas reformas até chegar ao ecletismo germânico. No dia 30 de novembro, o padre abordou, em seu sermão, a solidariedade às vítimas da enchente em Santa Catarina e também falou sobre agitação e calmaria.

Lembrei-me do filme Caos Calmo, de Antonello Grimaldi, em cartaz em Porto Alegre. Acho muito interessante esta relação entre o caos e a calmaria. Além do belíssimo canto gregoriano, o serão do padre não deixou a desejar.

O charme da Praça Benedito Calixto

Feiras de artesanato e antiguidades são imperdíveis. Já visitei várias. Em São Paulo, conheci a da Praça Benedito Calixto, que é aos sábados, e a do Masp, que é aos domingos. As mais interessantes é a da Benedito Calixto. Além de peças artesanais bonitas, tem antiguidades, discos e quinquilharias.

Ao redor da praça ficam os bares. O mais movimentado é o restaurante de comida mineira. Não experimentamos porque estava lotado. Também estivemos na Feira da Liberdade. Acho que lá é mais interessante para quem quer comprar do que simplesmente passear. Sem dúvida, a mais charmosa é a da Praça Benedito Calixto e bem próximo dali ficam os bares e livrarias da Vila Madalena.

Perto da feira fica o colégio Stella Máris. Estou expandindo os meus negócios por São Paulo....

Vila Madalena é tudo de bom

A feijoada do Filial, na Vila Madalena, estava no capricho. Café, o garçom, nos contou que o Seu Jorge é freqüentador assíduo. Não tivemos o prazer de encontrá-lo. O Filial é um bar de fim de noite e frequentado por artistas e intelectuais. Café disse que os últimos fregueses saem lá pelas 5h ou 6h da manhã.

A Vila Madalena é um dos lugares mais charmosos de São Paulo. Lá tem a Livraria da Vila, antiquários e muitas opções de bares. O Salve Jorge fica bem pertinho do Posto Seis e da Quitandinha. Visitamos uma cervejaria. Um luxo para todos os bolsos.

Foi corrida nossa estada na capital paulista, mas a Vila Madalena, sem dúvida, fará parte das ótimas lembranças da maior cidade da América Latina.

Na foto, Luciene e eu tirando a sorte no realejo.

A grande “arte” da Bienal é o tobogã

Achei um fracasso a Bienal de São Paulo. Instalações esquisitas, uns vídeos e só. Apesar de não ter praticamente nada para ver, a gente teve de deixar a bolsa. Os chapeleiros ensacam cada volume. Um desperdício de plásticos poluentes. Esta foi a primeira vez que estive na Bienal paulista.

O que me chamou a atenção foram os dois tubos que têm no prédio localizado no Parque Ibirapuera. Um sai do primeiro andar e o outro do segundo. Estes tubos funcionam como tobogãs. Os instrutores auxiliam as pessoas a colocarem os pés dentro de um saco de tecido e depois é só escorregar e cair num colchão no térreo.

Eu e minha companheira de viagem descemos do primeiro andar. Deu aquele friozinho na barriga. Tudo é muito rápido e divertido. Conclui que a grande arte da bienal de São Paulo é o tobogã. Escorregar foi uma verdade obra de “arte”.

Clube do Choro: abertura da exposição será no dia 11 de dezembro

Para quem gosta de fotos, de desenhos, de boa música e de dança, a dica é a exposição sobre o Clube do Choro de Porto Alegre. O trabalho é assinado pela fotógrafa, Ana Mendes, e pela artista Natália Chaves Bandeira. A abertura será às 19h do dia 11 de dezembro, no próprio clube, na Rua Princesa Isabel, 795, em Porto Alegre.

Durante meses, estas duas jovens documentam o espaço da velha guarda, que lembra filmes com Buena Vista Social Club e o Último Bandoneón. Acho muito legal elas valorizarem o trabalho artístico dos músicos e dançarinos.

O Clube do Choro de Porto Alegre é um lugar de divertimento garantido. O primoroso som do cavaquinho, do violão, do bandolim, do pandeiro e da caixeta convida os pares a exibirem seus passos ritmados na pista de dança. Tudo é muito organizado. Funciona nas quintas-feiras. Os músicos começam a tocar, pontualmente, às 21h, e param à 1h da madrugada.

Lá pelas tantas, a responsável pelo Clube vai ao microfone e avisa que a pista já está aberta aos bailarinos. Os mais experientes, evoluem, juntinhos, dois pra lá e dois pra cá. Outros, simplesmente deixam a música embalar seus corpos. É bonito ver as coreografias e ouvir música brasileira de primeira qualidade e em ritmos de choro e de samba. Vale a pena conferir. Não perca a exposição. As artistas são feras....

As artistas fizeram um vídeo para divulgação da exposição, que está no endereço http://br.youtube.com/watch?v=CTZPzRDjApk

Surpresas são boas sempre. Em viagem, melhor ainda...

Entendidos em gastronomia dizem que se come bem em São Paulo. Comprovei esta máxima na prática. A salada na Tratoria Peixoto Gomide é um primor. Na entrada vêm torradinhas com orégano e manteiga, acompanhando berinjela em conserva. O prato principal fica a gosto do freguês. O meu foi uma carne com brócolis e batatas. Uma delícia. Tudo isto acompanhado de um vinho brando de ótima qualidade.

Estava tudo perfeito e ainda teve a surpresa. Pereira, o garçom, trouxe o convite para a degustação da cerveja Cidade Imperial, fabricada em Petrópolis e em expansão pela capital Paulista. No início resistimos. Mas antes de sair, acabamos sucumbindo e provando a Cidade Imperial preta.

Esta delícia ainda não chegou ao Rio Grande do Sul. Os representantes da indústria prometem que virá. Não sou cervejeira, mas esta nova opção é muito saborosa. Quem for a São Paulo ou Rio de Janeiro pode experimentar. Esta é a minha dica. Saúde!

Foto: Luciene, o mestre cervejeiro Rafael Farinha Neto, representantes da indústria e eu.

Masp: relíquias por apenas 15 reais

O acervo do Masp é primoroso e provavelmente o melhor e mais valioso da América Latina. É de lavar a alma. Vale cada centavo do ingresso de R$ 15,00. Lá se pode ver o inglês Turner - pai do impressionismo e meu favorito. Também tive a felicidade de contemplar As Meninas, do Renoir. É um mergulho nas verdadeiras obras de arte. Lá também se pode apreciar VanGogh, Delacroix, Toulouse-Lautrec, Rodin, entre tantas outras maravilhas.

O contraste entre o segundo e o primeiro andares é grande. Enquanto o acervo do segundo andar acalenta a existência, o primeiro abriga exposições temporárias. Aquelas coisas que interessam a bem poucos. Uns não entendem e outros acham horríveis. Eu faço parte dos dois grupos.

Mas voltando a falar sobre arte, acabamos não vendo nem o Picasso e nem o Portinari. Os dois quadros estão sendo restaurados após o furto. A lojinha do Museu deixou a desejar. Pouquíssimos atrativos. O prédio também não é lá grande coisa. Não gosto de caixotes. No caso, uma caixa retangular. E como diz o velho ditado: quem vê cara não vê coração. Mas, verdade há de ser dita: o acervo do Masp é um presente dos Deuses, que fica gravado na memória para sempre. E está logo ali, na Avenida Paulista, próximo ao principal mercado financeiro da América Latina. Vale a pena conferir. Ah, como vale...

Visto para o México: mas que burocracia

É uma burocracia obter o visto para o México. Não tem Consulado Mexicano em Porto Alegre. É preciso ir a São Paulo. Além da taxa de R$ 81,00, eles exigem uma farta papelada. Agenda-se a entrevista pela internet. Eles marcam vários solicitantes para o mesmo horário e a fila é inevitável.

Dentro do Consulado, os funcionários são de escassas palavras e seriedade obtusa. Minha companheira de viagem e eu tivemos a sorte de receber o visto no mesmo dia da entrevista.

Aproveitamos nossa estada na capital paulista para desfrutar de um roteiro intenso por cantinas, cafés, livrarias, ruas famosas, Masp, Bienal, Vila Madalena, Ibirapuera e outros tantos lugares interessantíssimos.

Agora, o México que nos aguarde.
Na foto, Luciene e eu na fila para obter o visto.