quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Casa Pueblo: uma obra de arte onde é possível hospedar-se




A Casa Pueblo é uma verdadeira obra de arte. É impossível ficar indiferente diante desta edificação do artista plástico uruguaio, Carlos Paes Vilaró. Situada à beira-mar, em Punta Ballena, a 13 quilômetros do centro de Punta del Leste, o local abriga o ateliê do artista e proprietário, restaurante e hotel.

Tudo é feito com um capricho extraordinário. Além de abrir para hóspedes, Vilaró propicia visitação à sua casa. Basta pagar um ticket e pronto. É só curtir os recantos, apreciar os quadros, muitos à venda, e desfrutar do restaurante bem na beira do mar. Um espetáculo para quem vai ao Uruguai.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Os livros nos fazem viajar

“Equador” me leva às ilhas de São Tomé e Príncipe






A curiosidade é o que me move a viajar. E pode ser acionada por uma notícia de jornal, por um filme, pela leitura de um livro, por uma reportagem na televisão ou pelos agradáveis relatos das andanças dos amigos. No início de 2007 fui parar na Colômbia incentiva por Gabriel Garcia Marques, que tão bem retrata em seus livros aquele país. Lá pelos idos de 1995 aportei na Terra do Fogo, após uma amiga me contar sobre a viagem de uma amiga dela. E foi uma aventura e tanto. Muitos pingüins, muitas geleiras e uma cultura a desbravar.

Agora estou lendo “Equador”, romance do português Miguel Sousa Tavares, que me chegou às mãos através de uma colega Jornalista, que parece adivinhar as leituras que me aprazem. São 527 páginas de imersão total. Com uma habilidade extraordinária, Tavares nos conduz de Lisboa às ilhas de São Tomé e Príncipe, bem na linha do Equador, onde os hemisférios Sul e Norte se dividem.

O romance se passa em 1095, quando el-rei d. Carlos nomeia Luis Bernardo, até então um homem da sociedade lisboeta, governador de São Tomé e Príncipe. Ele parte de navio para o desafio de conferir in loco se há ou não trabalho escravo naquele pedaço de Portugal do além-mar, onde os negros, oriundos da África, labutavam de sol a sol sob o olhar atento dos poderosos roceiros.

Equador vai além do retrato da sociedade portuguesa nos últimos dias da Monarquia, e nos instiga a conhecer estas duas paradisíacas ilhotas perdidas no meio da imensidão do mar. Não me resta dúvida, na primeira oportunidade, irei a São Tomé e Príncipe impulsionada pela mão de Tavares e desta querida amiga, que sempre está a me alcançar alguma singular novidade literária.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Morro de São Paulo: um paraíso tropical




Morro de São Paulo é um dos paraísos ecológicos do Brasil. Um local muito procurado por turistas estrangeiros. A 60 quilômetros de Salvador, a gente chega à ilha de catamarã ou de táxi-aéreo. São duas horas navegando em águas limpas ou vinte minutos voando no céu da Bahia, numa aeronave para oito pessoas.

As praias
Além das quatro praias: a um, a dois, a três e a quatro, há muitas opções de passeios de barco, caminhadas, mergulho e a famosa tirolesa, de onde se salta amarrado em dois cabos para cair no mar. Uma experiência fascinante durante dois minutos apenas. A primeira praia é mais freqüentada pelos moradores. Na praia dois, acontecem os saraus noturnos e as badalações e a praia quatro é a mais tranqüila.

Vilarejo
Para mim, o melhor lugar para hospedagem é no pequeno vilarejo. Têm pousadas para todos os bolsos. De noite é delicioso passear por ali, olhar os artesanatos produzidos pelos nativos, tomar uma cerveja num dos tantos bares e entrar e sair das muitas lojinhas.

Passeios
Próximo ao Morro de São Paulo está a praia da Gamboa. Pela manhã, dá para ir a pé. O retorno tem de ser pelo morro, uma caminhada e tanto, ou por barco, porque a maré sobe e impede a passagem. Os passeios de barco vão para Garapuá e Ilha Boipeba. Na volta, a gente passa pelo Rio do Inferno. No Morro também tem as piscinas naturais. É só colocar uma máscara de mergulho, submergir o rosto e pronto – ali estão os peixes de muitas cores.

Com o aumento do turismo, também aumentou a oferta de catamarãs e a falta de manutenção dos mesmos. Na última vez que estive no Morro, em janeiro de 2008, tive de trocar de embarcação em pleno mar, porque o motor estragou tão logo saímos da ilha. As autoridades devem olhar com devida atenção a manutenção dos barcos para não afugentar os turistas. Mas que o Morro de São Paulo é bonito, isto é.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

As Feiras de Artesanato têm algo em comum em qualquer ponto do planeta





As Feiras de Artesanato têm algo em comum em qualquer ponto do planeta. Todas são coloridas, atraem milhares de pessoas e são pontos imperdíveis para os turístas. Não dá para ir a Buenos Aires sem curtir uma manhã de domingo na Feira de San Telmo, na Plaza Dorrego. Seja só para fazer um passeio, assistir dançarinos de tango e ouvir os ritmos mais variados, ou para encontrar peças antigas e artesanais inusitadas.

Na capital Portenha também tem a Feira da Recoleta, próxima ao Cemitério da Recoleta e ao Museu de Belas Artes, que funciona nos fins de semana. Os quadros expostos por lá são muito bonitos.

Tristan y Navarra
Outra preciosidade é a Feira de Tristan y Navarra. O que seriam dos domingos de Montevidéu sem este espaço? Além daquele montão de quinquilharias, têm os antiquários com peças delicadas e diferentes.

Feira Del Rastro e Feira da Ladra
Em Madri, está a Feira Del Rastro, também nas manhãs de domingo e em Lisboa, a Feira da Ladra é um dos mais antigos mercados da capital de Portugal. Aberta nos sábados e nas terças-feiras, a Ladra situa-se próxima à Igreja Santa Engrácia.

Brique da Redenção
Porto Alegre tem o seu tradicional Brique da Redenção e Curitiba, a Feira da Ordem. Ambas com apresentações de artistas de rua e produtos bonitos. Acho que a Feira de Belo Horizonte é a melhor do Brasil, não por apresentações culturais, mas pela enorme oferta de mercadorias. O artesanato mineiro é, de fato, primoroso.

As Feiras de Artesanato são ótimos locais para passear, olhar, encontrar pessoas e também comprar, é claro.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Saudade de Paris...





Acordei com saudade de Paris e lembrei da belíssima canção "La vie en rose", a qual reproduzo aqui. Para mim, esta composição de Edith Piaf é delicada, forte, romântica e bela como a Cidade Luz. É impossível não ter saudade de Paris...

La vie en rose

Des yeux qui font baiser les miens,
Un rire qui se perd sur sa bouche,
Voilà le portrait sans retouche
De l'homme auquel j'appartiens

[Refrain]
Quand il me prend dans ses bras
Il me parle tout bas,
Je vois la vie en rose.
Il me dit des mots d'amour,
Des mots de tous les jours,
Et ça m'fait quelque chose.
Il est entré dans mon coeur
Une part de bonheur
Dont je connais la cause.
C'est lui pour moi,
Moi pour lui dans la vie,
Il me l'a dit, l'a juré
Pour la vie.
Et dès que je l'apercois
Alors je sens en moi
Mon coeur qui bat

Des nuits d'amour à plus finir
Un grand bonheur qui prend sa place
Des ennuis des chagrins s'effacent
Heureux, heureux à en mourir.

domingo, 19 de outubro de 2008

Mercado del Puerto: assado de tiras, queijo parrillero, medio y medio e muito mais...






O Mercado del Puerto é um dos meus lugares preferidos em Montevidéu. Sempre que vou à capital uruguaia não deixo de passar por lá uma ou duas vezes. O melhor dia para visitar o Mercado del Puerto é o sábado, quando os uruguaios lotam o local.

Quando se chega, os garçons vão logo “invitando” o turista com um medio y medio, uma mistura de vinho branco com espumante. Uma delícia. É um aperitivo que antecede o assado de tiras e o queijo parrillero. Muito bom.

Em 10 de outubro, o Mercado del Puerto completou 140 anos. Com uma arquitetura eclética é acolhedor tanto na parte externa, quanto na interna, onde eles assam a parrilla naquelas trempes. São diversas as opções de bares e de lojas de regalos, naquele espaço que tem um relógio inglês, funcionando perfeitamente ainda hoje.

Ao redor do Mercado ficam os artesãos, artistas de rua, cantantes e comércio de venda de artigos em couro e galerias de arte. Sem dúvida, um dos lugares mais típicos da capital uruguaia e que acolhe tão bem os brasileiros.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Zeca, o teu show não foi Baleiro...




O show do Zeca Baleiro, no Opinião, deixou aquele gostinho de, poderia ser melhor. De fato, a acústica não ajudou. A voz ficou em segundo ou terceiro planos, apesar do esforço dele. Sempre gostei muito do Zeca Baleiro. Tenho cinco dos seus CDs e levei as capinhas dos mesmos na expectativa de autógrafo, beijinhos, abraços e fotos. Coisa de fã.

Pois bem, lá estava a nossa galerinha no camarote da diretoria. Todas a postos. Chegamos bem cedo para garantirmos o lugar privilegiado. Bem em frente ao palco, com direito a ficar sentada e com espaço para dançar durante o show. Majestoso, ele subiu ao palco do seu jeito Baleiro. Cantamos junto com ele e dançamos contentes.
Não foi fácil ir ao show. Eu mesma tive de desmarcar importante compromisso de trabalho. Uma amiga deixou o filho com a vizinha. No nosso grupinho também tinha uma personalidade importante da sociedade gaúcha, uma mulher de luta, de garra e que tem lado.

Só que, e quando tem o só que é que a coisa complica. A gente queria autógrafos e não estávamos dispostas a abrir mão do nosso propósito. Muito que bem. O show terminou e o Zeca Baleiro, ao invés de mandar dizer que estava cansado e que não concederia autógrafo, deixou que as suas fãs ficassem paradas esperando que ele aparecesse. A tática dele foi a de matar no cansaço meia dúzia de gatos pingados, digo gatas pingadas.

Lá pelas tantas, disse para minha amiga que não estava mais disposta a esperar. E ela me responder: ninguém merece... Fomos embora com outros amigos chateados por termos feito papel de bobo. Ouvi falar que, na noite anterior, no dia 15 de outubro, três bravos resistentes conseguiram conversar com ele. Também corre que ele tem nova produtora.

Antigamente, quando o Zeca Baleiro fazia seus shows no teatro da Ospa, concedia autógrafo, abraçava os fãs e dava beijinho, o que é essencial. Mas, agora, com novas companhias, a postura mudou. Felizmente, meu gosto é eclético e posso comprar CDs, não só dos nossos, como por exemplo, Nei Lisboa, Vitor Ramil e guris do Tangos e Tragédias, que recebem os fãs com o maior carinho, mas também do maravilhosos Zé Miguel Wisnik e da Na Ozzeti, sem ter de fazer papel de boba. Parece que o Zeca tá deixando de ser Baleiro...

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Travel and Living: viajando pela TV a cabo



Vale a pena assistir o Discovery Travel & Living voltado a esportes, culinária, hotelaria e viagens. Desde que recebi esta dica de um amigo, sempre sintonizo no canal 94, da TV a cabo. Os roteiros sugeridos são para todos os bolsos. Nesta semana, assisti “Viajante Cinco Estrelas”. O jornalista responsável por esta programação já visitou mais de cem países e, agora, se dedica a viagens de luxo a preços exorbitantes. Só para magnatas.

Na matéria, ele mostrou o interior do navio mais luxuoso do mundo. As acomodações das suítes são espaçosas e vão além do conforto. Os tripulantes dizem: aqui todos são “mimados”. Digamos assim: um mimo para poucos. O canal também mostra aventuras por diversas partes do mundo a 50 dólares por dia. Ah, assim fica mais acessível. A dica está lançada. Agora é conferir...

terça-feira, 14 de outubro de 2008

CHILE - El cruce de los lagos andinos




A travessia dos lagos andinos é muito linda. O trajeto dura 12 horas. A navegação, por quatro lagos de cor esmeralda, é alternada com percursos terrestres dentro de parques e bosques. Um sonho. A bordo do catamarã, partimos de Bariloche rumo a Puerto Montt. Iniciamos pelo Lago Nahuel Huapi, que corre às margens de Bariloche. Depois seguimos pelo Lago Todos os Santos, Lago Frias e Lhanquihue.

São águas do degelo da cordilheira, que chegam a 500 metros de profundidade. É o passeio ideal para ver os vulcões Osorno e Calbuco. Também ingressamos no Parque Nacional Vicente Pérez Rosales, apreciamos o Salto Petrohué, o Cerro Pontiagudo e o Cerro Tronador.

No meio do caminho, uma parada para almoçar em Peulla, uma bela cidade florida, na encosta da cordilheira. Aliás, tudo é muito bonito e romântico por lá.

O Chile é um país de rara beleza. Sejam as geleiras do sul, onde está o Parque Nacional Torres Del Paine, ou o deserto de Atacama, no norte, onde estão as múmias da época pré-incaica. E no centro, a bela Santiago e as cidades à beira-mar de Vinã del Mar e Valparaíso, além de Valdívia e outras tantas. O Chile deixa no visitante um gostinho de quero mais...

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

O cerco da revista nos aeroportos


Mesmo antes do fatídico 11 de setembro de 2001, o cerco das revistas em aeroportos era grande. O meu grupo de viagem teve o passaporte retido no aeroporto de Larnaca, no Chipre, em 1996. Pernoitamos na cidade, antes de seguir para o Egito, sem o principal documento de um turista estrangeiro.

Larnaca é uma cidade com uma bela avenida à beira mar. Foi lá que, pela primeira vez, entrei numa Mesquita. Os passageiros da companhia Russa, Aeroflot, com destino à Grécia e ao Egito desembarcam no Chipre, pela proximidade, e de lá seguem seus destinos. Além disso, fomos minuciosamente questionados e as bagagens revistadas até do lado avesso.

Num outro momento, em 2000, quando retornava de Londres, também tive de responder um longo questionário no balcão do aeroporto Heathrow e dizer se alguém tinha tido a oportunidade de mexer na minha bagagem, além de mim. E não se tratava de bagagem de mão.

Em 2007, na Colômbia e mesmo nos vôos internos, vi o agente abrir potinho por potinho e tive de responder o óbvio: cremes. E também não era bagagem de mão. Além disso, num shopping em Bogotá tive de abrir a minha bolsa e mostrar, para o segurança, o que eu carregava. O absurdo é justificado pela atuação da FARC.

E, agora, depois dos desdobramentos do 11 de setembro, o mais singelo dos turistas vê suas bagagens totalmente abertas, sem o menor constrangimento por parte dos responsáveis pela revista.

A segurança nos aeroportos e nas faixas de fronteiras é importante, devido aos tráficos de drogas e armas, mas são os turistas comuns, que só querem passear daqui pra lá, que pagam o pato.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

O sonho de visitar Cuba





Realizei o sonho de visitar Cuba em 1989, logo após a abertura do país para a entrada de turistas estrangeiros. Assisti a um espetáculo do Balé Nacional de Cuba, no Teatro Garcia Lorca, uma edificação art nouveau e neoclássica. Ao término da apresentação, os cubanos aplaudiam em pé e gritavam: bravo, bravíssimo.

O povo
Assim é o povo cubano. Alegre, descontraído e também admirador dos brasileiros. Conversei com muitos cubanos e fiz uma amiga, Lolita. Tive a honra de almoçar na casa dela e de ir a um Cabaré (bar dançante) atendido pela sua mãe, onde exercitei uns passos de salsa.

Bodeguita del Médio
E é claro, também degustei um “mojito”, na Bodeguita del Médio, em Havana Velha, drinque consagrado pelo escritor Ernest Hemigway, que viveu naquele país.
No Museu da Revolução, conheci o barco Granma, transporte usado por Fidel Castro e companheiros para vencer o mar do México a Cuba.

Foi lá que também apreciei reproduções em cera do Che Guevara e do Camilo Cienfuegos, o poeta de los niños. Vi in loco armas, chapéus, roupas, cartas, óculos e outras relíquias da revolução de 59.
Caminhar pelas ruas de Havana Velha foi um dos meus passeios favoritos.

Hotel Nacional
Como na época em que visitei o país, a tarjeta de turista permitia, aos visitantes, ingresso livre aos hotéis, incluindo banhos de piscinas, nos finais da tarde, após um dia exaustivo, aproveitava para descansar por lá. Antes da Revolução, o local aconchegava estrelas de Hollywood e foi onde a burguesia cubana buscou refúgio quando o ditador Fulgêncio Batista foi deposto pelo jovem revolucionário Fidel Castro, há quase cinqüenta anos.

História, música e filmes

Cuba tem uma história riquíssima. Faço, apenas, um breve relado da realização de um sonho acalentado por anos e anos, após a leitura de alguns livros e romances sobre o país. Passado alguns anos, revivi Cuba assistindo o maravilhoso filme Buena Vista Social Club e, atualmente, ouvindo as canções desta imperdível película.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Cartas do Everest é o primeiro romance de Airton Ortiz *


O novo livro de Airton Ortiz, sua primeira obra de ficção, terá lançamento nacional dia 16 de outubro, em Porto Alegre. A festa, com entrada franca, iniciará às 19h, no Theatro São Pedro, e fará parte das comemorações do décimo livro do autor gaúcho publicado pela Record.

Depois de percorrer 80 países e escrever nove livros relatando suas aventuras, Airton Ortiz mudou de gênero: passou para a ficção, pois, segundo ele, a não-ficção não lhe permitia mais descrever a experiência humana com a profundidade que ela merece.

Trata-se da história de três alpinistas escalando a mais alta montanha do planeta. A expedição, formada por um americano, um alemão e um brasileiro, passa por momentos terríveis e cada um dos amigos reage de forma diferente diante das tragédias, pois é na natureza selvagem que os humanos expõem o seu verdadeiro caráter.

Os papéis desempenhados no mundo comum se alteram, as máscaras sociais perdem seu valor. Diante da morte, os homens são o que realmente são, e não o que pensam, ou gostariam, de ser. A luta pela sobrevivência nas encostas traiçoeiras do Everest propicia ao brasileiro, autor das cartas, uma profunda reflexão sobre o sentido da vida e suas derivações.

Escrito numa linguagem belíssima, Cartas do Everest é literatura em ritmo de escalada; um clipe literário.
* Da Assessoria do escritor.
** Ortiz é meu amigo e conterrâneo e colega de profissão.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Ambulantes vendem cantando na feira livre de Alexandria



A visita ao Egito foi impactante e divertida. Passado o choque de culturas, a gente vai curtindo o modus vivendi deles. As tendas armadas nas ruas te dão a noção exata de estar, de fato, no Egito. As burcas das mulheres, a sociedade machista e a regalia dos homens são aspectos muito negativos e que prevalecem ainda hoje, infelizmente.

Quando chegamos a Alexandria, passamos por uma feira livre, onde os ambulantes ofereciam seus produtos cantando. Adorei ver aqueles senhores com vestidos compridos e com turbantes na cabeça, cantarolando em grego, ôpa, digo em árabe para seduzir as senhoras a comprarem as suas mercadorias.

Alexandria fica à beira do mar de cor esmeralda. Lá longe e bem no fundo do mar está o farol da Alexandria, que a gente enxerga só na imaginação, o que tem o seu valor. Também é nesta cidade que esta a famosa biblioteca da Alexandria. Tirando as relíquias históricas, o divertido mesmo é presenciar os vendedores cantarolando.

sábado, 4 de outubro de 2008

EGITO - Cruzeiro no Nilo sob noites enluaradas



Luxor, Karnak, Vale dos Reis e Vale das Rainhas

Quem vai ao Egito não pode deixar de fazer um cruzeiro pelo Rio Nilo. Fiz uma navegação de quatro dias e de quatro noites por aquele filete de água, responsável por dar a vida àquele país de solo árido. E me perguntei: o quê seria do Egito se não fosse o Rio Nilo? É um passeio e tanto. Um mergulho na vida dos faraós, com direito à famosa noite do comandante do navio. Todos a rigor, saboreando comida árabe.

A Egiptair nos levou do Cairo a Luxor para embarcarmos no Sheraton. Visitamos o templo de Luxor e vimos a estátua de Ramsés “O Grande”. Em Karnak admiramos o tempo de Amon Ra, a magnífica Avenida das Esfinges, o templo de Muty Khunsu, o pátio com 134 gigantescas Esfinges e obeliscos da rainha Hatshep-sut.

Na margem oriental da cidade de Luxor, conhecemos o Vale dos Reis, o Vale das Rainhas, o Vale dos Nobres com os Colossos de Memmon. Neste local, logo após nosso retorno em 1996, houve um atentado contra turistas alemães. Na seqüência, visitamos Esna e Edfu, Templo do Deus Horus e Templo de Kombo Ombo. Também passamos pela represa de Aswan, um projeto russo iniciado em 1960 e concluído em 1964. Ainda pisamos na ilha Elefantina.

Em Assuan, nos hospedamos no Old Cataract, onde Agatha Christie escreveu “Morte no Nilo”. Das sacadas do hotel dava para contemplar as falucas, embarcações à vela típicas da região e também apreciar o sol se pôr.

E o mais interessante de tudo e que lá no meio do Rio Nilo apareciam barquinhos com vendedores flutuantes. Eles ensacavam suas mercadorias – lenços, vestidos – e jogavam para cima. Os turistas pegavam as mercadorias e, se lhes interessasse, devolviam o saco plástico com o valor correspondente à compra. Eles praticamente negociam até debaixo d’água, e pechinchar é a palavra de ordem.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

EGITO: Mercado Kahn El Khalili, onde pulsa o coração do Cairo



O Mercado Kahn El Khalili, no Cairo, é bem como a gente vê nos filmes. Ruas estreitas, uma multidão caminhando de lá para cá, numa mistura de cheiros, cores e sabores. Construído em 1832, Kahn El Khalili é um dos maiores bazares do mundo. Ao percorrer suas estreitas ruelas encontramos variedades de tapetes, de ouro barato, de grãos, de tecidos, de perfumes, de carnes e dos mais variados alimentos. E o melhor: pode-se pechinchar à vontade. Quando a gente pede para baixar o preço, eles adoram, por entender que a negociação valoriza o seu produto. Sem dúvida, é neste bazar onde pulsa o coração do país, que abriga relíquias arquitetônicas e uma história fascinante.

Maravilhas do mundo antigo
Um espetáculo de luz e som junto às pirâmides e à esfinge é imperdível. Durante o dia ou à noite, no momento do show, o local, onde se encontra uma das sete maravilhas do mundo antigo, é contemplado por turistas de todo mundo. A mais antiga das pirâmides foi construída por volta de 2.500 a.C. e é possível entrar nelas.

Museu do Cairo
O Museu do Cairo conserva muitas peças e é belíssimo, embora grande quantidade obras egípcias estejam no Museu Britânico de Londres e em outros lugares. Conhecer as mesquitas também faz parte dos atrativos e nos confronta com a religiosidade dos muçulmanos, que rezam cinco vezes ao dia, ajoelhados em tapetes estendidos em direção à Meca.

Ramadã e mulheres
E na época do ramadã, em fevereiro, eles só comem ao cair do sol.
Lá os homens usam vestidos compridos e andam de braço ou de mão uns com os outros. As mulheres, que naquela sociedade valem menos, se cobrem dos pés à cabeça com burcas. As mais radicais só deixam os olhos à mostra e, mesmo assim, por trás de uma rede de tecido. Mesmo entendendo a diversidade cultural e religiosa, a submissão e a falta de valorização das mulheres são revoltantes. Naquela sociedade, os homens podem ter quantas mulheres possam sustentar.

Trânsito
Outra coisa que me chamou a atenção foi o trânsito caótico do Cairo. Eles dirigem com uma mão na buzina e os acidentes, de pequeno porte, parecem fazer parte da rotina daquela imensa cidade. Mas, sem dúvida é um passeio e tanto, que ficar registrado na memória ad eternum e per saecula saeculorum.