sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Os livros nos fazem viajar

“Equador” me leva às ilhas de São Tomé e Príncipe






A curiosidade é o que me move a viajar. E pode ser acionada por uma notícia de jornal, por um filme, pela leitura de um livro, por uma reportagem na televisão ou pelos agradáveis relatos das andanças dos amigos. No início de 2007 fui parar na Colômbia incentiva por Gabriel Garcia Marques, que tão bem retrata em seus livros aquele país. Lá pelos idos de 1995 aportei na Terra do Fogo, após uma amiga me contar sobre a viagem de uma amiga dela. E foi uma aventura e tanto. Muitos pingüins, muitas geleiras e uma cultura a desbravar.

Agora estou lendo “Equador”, romance do português Miguel Sousa Tavares, que me chegou às mãos através de uma colega Jornalista, que parece adivinhar as leituras que me aprazem. São 527 páginas de imersão total. Com uma habilidade extraordinária, Tavares nos conduz de Lisboa às ilhas de São Tomé e Príncipe, bem na linha do Equador, onde os hemisférios Sul e Norte se dividem.

O romance se passa em 1095, quando el-rei d. Carlos nomeia Luis Bernardo, até então um homem da sociedade lisboeta, governador de São Tomé e Príncipe. Ele parte de navio para o desafio de conferir in loco se há ou não trabalho escravo naquele pedaço de Portugal do além-mar, onde os negros, oriundos da África, labutavam de sol a sol sob o olhar atento dos poderosos roceiros.

Equador vai além do retrato da sociedade portuguesa nos últimos dias da Monarquia, e nos instiga a conhecer estas duas paradisíacas ilhotas perdidas no meio da imensidão do mar. Não me resta dúvida, na primeira oportunidade, irei a São Tomé e Príncipe impulsionada pela mão de Tavares e desta querida amiga, que sempre está a me alcançar alguma singular novidade literária.

Nenhum comentário: